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Investimento e demanda crescente aquecem o setor marítimo

Fonte: Redação
Data: 10/11/2009


A crescente demanda e a disponibilidade de recursos para investimento foram apontadas ontem pelo presidente da Petrobras Transporte (Transpetro), Sérgio Machado, como os atuais propulsores da indústria naval brasileira. Durante conferência na terceira edição da Niterói Fenashore, Machado apresentou os números que, segundo ele, fazem do Brasil um país do futuro no setor. Machado anunciou o lançamento em 2010 de seis petroleiros, dois deles produzidos no Rio de Janeiro e quatro em Pernambuco.


De acordo com o presidente da Transpetro, a indústria naval viveu durante anos uma crise que afetou a economia do setor e fez com que muita gente desacreditasse num possível ressurgimento. Em 2005, segundo ele, sob muitas críticas, foi lançado o edital que deu o pontapé inicial para a sua retomada. "Na época a descrença foi grande, afinal o Brasil era considerado o país do futuro. Hoje estamos vivendo este futuro e agora todos estão mais otimistas", afirmou Machado ao ressaltar que 95% do comércio nacional é realizado por navios.


Dados do governo federal mostram a pujança do setor. Em 2008 o país gastou 16 bilhões de dólares com transporte marítimo, superando em mais de 100% o montante de 7 bilhões de 2005. A descoberta do pré-sal, que trouxe uma grande expectativa na indústria, especialmente para as empresas fornecedoras de equipamentos, foi outro ponto lembrado pelo presidente da Transpetro, que mencionou a necessidade de se investir em logística. Segundo a Petrobras, em 2020 a produção do óleo chegará a seis milhões de barris/dia.


"Por conta desta necessidade é importante que falemos a mesma língua que o mundo todo fala quando se refere ao setor, que é da competência. E, neste contexto, não se pode deixar de fora o planejamento logístico, fundamental ao sucesso dos investimentos. Temos 7,5 quilômetros de costa e por isso o transporte marítimo é fundamental, além de ser um dos mais baratos. O que garante o sucesso dos investimentos é a competitividade", afirmou Machado. O Brasil já possui a quinta carteira de petroleiros do mundo e os investimentos públicos para os próximos anos superam a marca dos US$ 172 bilhões.

Pré-sal vai impulsionar conteúdo nacional no setor naval e offshore

Fonte: Redação
Data: 11/11/2009


O assessor de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) Getúlio Leite, afirmou ontem, em conferência durante a Niterói Fenashore 2009, que o Brasil vai precisar investir nos próximos 20 anos cerca de US$ 170 bilhões para desenvolver a produção das áreas já licitadas no pré-sal, que correspondem a 13 bilhões de barris nos campos de Tupi, Iara e Guará.
O especialista, que participou do painel "Os Desafios do Conteúdo Local no Novo Ciclo de Investimentos", afirmou que as novas reservas do pré-sal trazem boas perspectivas para o aumento da participação do conteúdo nacional na indústria naval e offshore. Na opinião do assessor do IBP, o Brasil poderá se tornar um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o que vai abrir um grande espaço para o desenvolvimento da indústria de peças, equipamentos e componentes.


Leite ressaltou ainda que o país precisa estabelecer uma política industrial estratégica que dê suporte à indústria nacional e garanta sustentabilidade aos fornecedores de bens e serviços. "A indústria naval e offshore precisa adotar mecanismos que fortaleçam as empresas nacionais com objetivo de tornar o parque industrial brasileiro competitivo globalmente, para atender à demanda de uma indústria de elevado conteúdo tecnológico", explicou Leite.


Ele lembrou que a abertura do mercado em 1997 e a realização das Rodadas de Licitações nos últimos dez anos levaram a uma expansão de investimentos no setor de petróleo e gás natural, revelando que as exigências de conteúdo local atuaram como um forte indutor da maior participação da indústria local fornecedora de bens e serviços. O especialista lembrou que apenas na 7ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2005, houve a inclusão da cartilha e certificação do Conteúdo Local.


Já o vice-presidente do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Raul Sanson, reforçou que o pré-sal deverá gerar cerca de 200 mil empregos até 2020. Para ele, o caminho para a expansão do setor naval e offshore passa pelo fortalecimento do conteúdo nacional. "Se as empresas do setor não valorizarem a participação do conteúdo local em toda a cadeia produtiva, não há possibilidade de aumentar o próprio consumo interno e movimentar o mercado nacional. As empresas perdem força e param de produzir e consumir petróleo e diesel, por exemplo", explicou Sanson.


O vice-presidente da Firjan lembrou ainda que quem mais gera emprego na indústria naval e offshore são os fabricantes de peças e equipamentos. Segundo ele, estas empresas geram até 10 vezes mais empregos do que os estaleiros, mas não têm visibilidade dentro da cadeia produtiva. "Um dos motivos que explicam por que a participação do conteúdo nacional ainda não está nos níveis desejados é que não há uma visão de toda a cadeia produtiva. Precisamos dar mais destaque para estas empresas que estão embaixo", ressaltou.


Ainda durante a conferência, o superintendente do Estaleiro Mauá, Ismael Brandão, afirmou que a empresa está se modernizando para ganhar competitividade no mercado internacional, implantando melhorias por meio da aquisição de novos equipamentos. Segundo ele, isso abre espaço para fornecedores nacionais. "O nosso objetivo é alavancar o índice de nacionalização na produção do estaleiro. Estamos trabalhando em pesquisas para mostrar de forma transparente os gargalos que impedem uma maior participação do conteúdo nacional na indústria", informou Brandão.


A terceira edição da Fenashore acontece até quinta-feira, em Niterói (RJ).

Jaqueta de Mexilhão embarcada

Por Maria Fernanda Romero
Fonte: Redação
Data: 23/10/2009


A jaqueta da plataforma PMXL-1, do gigantesco campo de Mexilhão, já está posicionada em uma balsa guindaste (BGL-2) no Estaleiro Mauá e deve seguir para locação, junto com os módulos (planta processo; processo e geração; e utilidades e acomodações), até o final de novembro. A plataforma, que vai operar até junho de 2010, irá receber também os gás de Tupi e de Uruguá-Tambaú.


O conjunto de empreendimentos vinculados a Mexilhão já consumiram em torno de 3 bilhões (incluindo os poços, a plataforma, os marítimos e terrestres e a UTGCA ampliada, sem computar Uruguá e Tambaú).

Localizada no Estaleiro Mauá, em Niterói, na Baia da Guanabara, a PMXL-1 será instalada a 140 km da costa, em águas rasas de 170 m de profundidade. A responsável pelo transporte e instalação da plataforma, estacas e módulos é a italiana Saipem, que tem contrato de US$ 70 milhões com a Petrobras. A obra dos módulos deve ser encerrada ainda este mês e a instalação da plataforma na locação deve ser realizada em dezembro. O contrato para a construção da plataforma de Mexilhão é o maior do gênero já realizado no Brasil.


O campo de Mexilhão está localizado no litoral de São Paulo, a cerca de 160 km da costa e em lâmina d'água que varia entre 320 m e 550 m.
Números:


- Campo de Mexilhão


• Produção diária: de 8 a 9 milhões de m3 de gás, no primeiro semestre de 2009
• Capacidade de produção: 15 milhões de m3 de gás/dia, produzidos entre 2010 e 2011
• Investimento: US$ 2 bilhões
• Altura da PMXL-1: 230 m de estrutura metálica, sendo 182 m a altura da jaqueta (a mais alta da América Latina)
• Gasoduto: 145 km, compreendendo dutos com diâmetro de 34"
• Profundidade dos poços de gás: Lâmina d'água entre 320 m e 550 m, estando os poços a cerca de 20 km da PMXL-1


- PMXL-1


• Produção de gás: 15 milhões de m3/dia
• Produção de condensado: 3,2 mil de m3/dia
• Altura da jaqueta:182 m LDA (maior já construída no Brasil)

Nova descoberta de petróleo em águas profundas de Angola

Fonte: Agência Petrobras
Data: 11/11/2009


A Petrobras informou hoje nova descoberta de petróleo no Bloco 15/06, em águas profundas angolanas, no que possui 5% de participação, por meio da sua subsidiária Petrobras Internacional Braspetro B.V. A descoberta ocorreu no poço Cabaça Norte-1, localizado a cerca de 350 quilômetros ao norte de Luanda. Esta é a segunda descoberta anunciada no Bloco 15/06, no qual a Sonangol E.P. é a concessionária, e a Eni Angola, a operadora, com 35% de interesse.


O poço Cabaça Norte-1 foi perfurado em uma profundidade de água de 500 metros e atingiu uma profundidade total de 2.830 metros. Durante os testes de produção, o poço produziu acima de 6.500 barris de petróleo por dia.


Os outros parceiros do Bloco 15/06 são SSI Fifteen Limited (20%), Sonangol P&P (15%), Total (15%), Falcon Oil Holding Angola AS (5%) e Statoil Angola Block 15/06 AS (5%).


Primeira descoberta no Bloco 15/06


No dia 15 de outubro de 2008, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo no poço N'Goma-1, também localizado no Bloco 15/06, a cerca de 350 quilômetros de Luanda. O poço N'Goma-1 foi perfurado até 3.383 metros, em águas de 1.421 metros de  profundidade. Este poço foi testado e o óleo produzido apresentou densidade de 22,5º API, superando as expectativas e confirmando o grande potencial do Bloco 15/06.


Petrobras em Angola


A Petrobras está presente em Angola desde 1979 e é hoje uma das maiores operadoras de blocos exploratórios no país, considerado atualmente um dos grandes produtores de petróleo do mundo. A Companhia opera três blocos exploratórios (Blocos 18/06, 6/06 e 26) e participa, como não-operadora, em outros três consórcios (Blocos 2/85, 15/06 e 34).


A atuação da Petrobras em Angola está alinhada ao seu Plano Estratégico, que classifica o país como uma das regiões estratégicas para o foco de sua ação internacional.