A Logística
Do diesel que movimenta geradores a 60 milhões de litros de água potável, de toalhas limpas a bolas de futebol que animam os entardeceres, tudo vem do continente que -distante no mlnimo uma centena de quilômetros- não é sequer uma mancha no horizonte. A cada mês, são transportadas 210 mil toneladas de carga. Mas a complexa operação logística que dá vida à bacia transporta sobretudo pessoas: por helicóptero, são 38 mil por mês; por um veloz catamarã, construido especialmente para as condições de navegação da Bacia, são mais quatro mil.
Espalhados num raio de 100 mil quilômetros quadrados de mar azul, há 104 unidades tão distintas quanto plataformas de produção ou rebocadores, que ficam até 60 dias no mar.
Nenhuma é auto-suficiente nem mesmo em energia. O objetivo delas é extrair das águas
" profundas da Bacia de Campos a auto-suficiência do Brasil em petróleo. Por isso, cada polegada de convés, cada quilo de aço visam buscar óleo a profundidades recordes e dar conforto e segurança aos homens que passam 14 dias embarcados, longe do carinho da famí- lia e das facilidades da terra firme.
Nenhuma é auto-suficiente nem mesmo em energia. O objetivo delas é extrair das águas
" profundas da Bacia de Campos a auto-suficiência do Brasil em petróleo. Por isso, cada polegada de convés, cada quilo de aço visam buscar óleo a profundidades recordes e dar conforto e segurança aos homens que passam 14 dias embarcados, longe do carinho da famí- lia e das facilidades da terra firme.
Cada uma dessas unidades é uma comunidade, onde há geração de energia, tratamento
de esgoto, necessidade de remédios. As plataformas têm todas as demandas de uma pequena cidade, isoladas no meio do mar, precisando de comida, por exemplo, a cada semana.
de esgoto, necessidade de remédios. As plataformas têm todas as demandas de uma pequena cidade, isoladas no meio do mar, precisando de comida, por exemplo, a cada semana.
Para apoiar cada uma dessas comunidades, a Petrobras controla uma esquadra de 95 embarcações e uma frota de 37 helicópteros. Cada um com cronograma próprio e missões que podem mudar tão rapidamente quanto os ventos que sopram no mar aberto. A carga pesada é transportada pelos 33 navios do tipo plataforma supply vessel, cargueiros que têm convés de até 600 metros quadrados. São os que têm a rotina mais previsível. Cada um deles faz o mesmo itinerário, duas vezes por semana. As cargas variam -numa semana, alguns milhões de litros de água a mais, noutra, em vez de uma ancora nova, vai um bote inflável que precisou de reparos ou um computador novo -mas as plataformas são sempre as mesmas. Com a repetição dos mesmos trajetos e das rotinas de atracação nos mesmos pontos, ganha-se agilidade e segurança.
No extremo oposto, estão as velozes sete lanchas com casco de alumínio, batizadas de "expressinhos". Com duas partidas diárias, às 14h e 23h, ali uma encomenda pode ser embar- cada até com poucas horas de antecedência.
No extremo oposto, estão as velozes sete lanchas com casco de alumínio, batizadas de "expressinhos". Com duas partidas diárias, às 14h e 23h, ali uma encomenda pode ser embar- cada até com poucas horas de antecedência.
A complicada operação para garantir que o remédio necessário numa determinada plataforma não vá parar numa outra começa num terminal de computador em cada plataforma, onde é preenchido o documento único de carga. A maioria dos itens relacionados à atividade fim da Petrobras -a exploração de petróleo- se encontra estocada nos 200 mil metros quadrados do Parque de Tubos. É ali, nos grandes armazéns da Petrobras, a apenas 13 km do porto, que ficam estocados 42 mil itens. O valor total do estoque é de US$ 280 milhões, incluindo itens de custo unitário irrisório, como porcas e parafusos, e peças de mais de US$ 1,5 milhão, como a chamada árvore-de-natal molhada- que controla o fluxo dos poços submarinos.
No Parque de Tubos, uma equipe de 800 pessoas separa e embala cada item, colocando-os nos contêineres, endereçados a cada unidade. De lá seguem para o porto e, então, ganham o mar aberto. Todo mês, 18 mil solicitações são processadas pelo pessoal do Parque de Tubos.
O caminho até o destino final é acompanhado 24 horas por dia através de conferências visuais, transmitidas por rádio. Cada contêiner recebe um chip eletrônico, associado a um código de barras. Antenas espalhadas pelo porto e pelo PT acompanham cada passo da carga, até a chegada às plataformas.
O Porto de Imbetiba é o mais movimentado da indústria petrolífera no mundo. No Golfo do México ou no Mar Negro há uma movimentação total de cargas maior. Mas esses volumes são transportados por mais de uma empresa e por mais de um porto. Em Imbetiba o movimento acontece dia e noite. São 440 atracações em média por mês. Em 2000, eram transportadas em média 170 mil toneladas, a cada mês, Em 2001, foram 190 mil; em 2002 passou de 220 mil. Número que cresce ainda mais. A Petrobras não pára.
No Parque de Tubos, uma equipe de 800 pessoas separa e embala cada item, colocando-os nos contêineres, endereçados a cada unidade. De lá seguem para o porto e, então, ganham o mar aberto. Todo mês, 18 mil solicitações são processadas pelo pessoal do Parque de Tubos.
O caminho até o destino final é acompanhado 24 horas por dia através de conferências visuais, transmitidas por rádio. Cada contêiner recebe um chip eletrônico, associado a um código de barras. Antenas espalhadas pelo porto e pelo PT acompanham cada passo da carga, até a chegada às plataformas.
O Porto de Imbetiba é o mais movimentado da indústria petrolífera no mundo. No Golfo do México ou no Mar Negro há uma movimentação total de cargas maior. Mas esses volumes são transportados por mais de uma empresa e por mais de um porto. Em Imbetiba o movimento acontece dia e noite. São 440 atracações em média por mês. Em 2000, eram transportadas em média 170 mil toneladas, a cada mês, Em 2001, foram 190 mil; em 2002 passou de 220 mil. Número que cresce ainda mais. A Petrobras não pára.
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